Você acha que não gosta, até que você tenta do jeito certo.
Abrir-se a novas possibilidades abre inúmeras janelas para a vida.
Existem inúmeras coisas na sua vida que julgamos à distância. Julgamos que não gostamos de correr, de fazer exercícios físicos, de ler, de escrever, de cozinhar, que não somos bons em organização ou em outras atividades do gênero.
Porém, eu tenho uma visão diferente sobre as coisas que “não gostamos” ou que “não somos bons”. No fundo, você acha que não gosta até que tenta da maneira certa.
Lembro-me de que sempre dizia que não era bom na cozinha, que não tinha dom para isso, que não entendia de temperos. Até conseguia fazer um arroz mais ou menos, fritava um ovo aqui, outro ali, mas cozinhar de verdade nunca foi o meu forte; e usava essa justificativa para nunca tentar algo novo até que a vida me mandou morar sozinho, distante das pessoas que amo. Uma das minhas primeiras preocupações foi justamente a alimentação (que se tornou uma prioridade de uns anos para cá, depois que comecei a fazer exercícios físicos regulares, mas isso é assunto para outro momento). Para não passar fome, ainda antes da mudança, comecei a procurar receitas na internet, comprar ingredientes no mercado e “tentar”. As primeiras tentativas foram um tanto desesperadoras: desde fazer comida em quantidades exageradas até o medo de usar a panela de pressão. Sem contar o eterno dilema de “como temperar adequadamente” para que a comida ficasse boa. Familiares e amigos foram as cobaias dessas primeiras experiências; mal não fez, então os testes iniciais foram favoráveis.
Ainda antes da mudança, fiz outras tentativas com receitas que me agradavam e comecei a fazer anotações no bloco de notas do celular para não esquecer os detalhes. (Aliás, uma coisa que ninguém nunca menciona para quem está começando na cozinha: a contagem do tempo de pressão na panela começa a partir do primeiro “suspiro” da válvula ou quando ela começa a girar como louca?). Essas anotações foram me dando confiança, e os familiares e amigos começaram a compartilhar dicas, o que foi abrindo novas linhas no meu bloco de notas.
Quando me mudei, já no segundo dia coloquei a mão na massa. Comecei pelo básico, com receitas fáceis e de que eu gostava. Aos poucos, receita após receita, vídeo após vídeo na internet, depois de um ano, já tenho até meus temperos preferidos.
Sim, em alguns dias algo deu errado, mas ao menos a panela de pressão não explodiu, e isso já é fantástico! Já fiz lasanha, fricassê de frango, caldos, estrogonofe, enfim, de tudo. Um ano depois, vejo-me totalmente independente nessa área.
Abrir-se a novas possibilidades é importante porque, além de te dar novas habilidades que você antes julgava não ter capacidade, também te lembra de que você é sim capaz de inúmeras outras coisas, o que ajuda na autoestima e na autoconfiança. Começar, e saber como começar, faz toda a diferença: no meu caso, não só cozinhar, mas também começar com algo que gostava de comer, com aquilo que para mim parecia mais simples no início, e ter o auxílio de quem já tinha mais prática foram fatores essenciais para que eu não desistisse logo na primeira tentativa. Hoje, olho para trás e vejo que deveria ter começado antes. O fato de cozinhar minha própria comida me fez comer mais (sempre tive problemas com a quantidade de comida, pois comia pouco) e também comer de forma mais saudável (hoje evito ao máximo frituras e alimentos processados). Com essa autonomia, outras áreas da vida também se beneficiam (no caso da alimentação, a saúde física e mental).
Agora, pense no mapa mental disso que acabamos de conversar: uma necessidade trouxe uma nova habilidade, que melhorou em apenas um ano de prática, e isso ajudou na saúde física, na alimentação e, inclusive, na mentalidade. Uma única tarefa que influencia vários aspectos da vida. Olhe para o “difícil” ou para o que você acha que não gosta, e tente observar novos caminhos. Inúmeras possibilidades irão se abrir.
Estamos juntos, buscando sempre o melhor!
Agora é a sua vez! 🙌🏻
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é interessante que durante o seu texto fui lembrando das mais diversas coisas que eu “não era boa” e hoje faço muito bem. como é bom vencer as próprias barreiras? a minha atual é a corrida. depois que percebi isso que você menciona sobre um aprendizado na cozinha se refletir em outras áreas da vida, como um efeito paralelo, isso me motivou a começar a correr. vi que precisava criar resistência em muitas áreas da vida e investi nessa — até escrevi um texto sobre, acessando o meu perfil você consegue ver.
obrigada por compartilhar suas percepções!
Que material excelente Rafael, obrigado por partilhar sua experiência, e assim ajudarmos a achar o caminho do crescimento pessoal e resolução dos "problemas", grande abraço!