Israel: o nome é o mesmo. Mas o significado mudou.
Como a falta de conhecimento e discernimento faz com que o nome de Israel seja usado politica e religiosamente de maneira equivocada em nossos dias.
Versículo para refletir: “Quem é minha mãe e quem são meus irmãos? […] Todo aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe.” 📖 Mateus 12,48.50
Nos últimos tempos, vemos na internet uma enxurrada de postagens com a bandeira de Israel, acompanhadas de frases como: “O povo brasileiro ama Israel porque ama a Bíblia.”
Influenciadores cristãos, líderes religiosos, pessoas bem-intencionadas — todas aparentemente defendendo, com fervor, as ações militares de um Estado moderno, como se isso fosse exatamente o mesmo que defender o povo bíblico de Deus.
Mas aqui vai um alerta bíblico: O Israel de hoje não é o Israel da Bíblia.
Confundir essas duas coisas não é só falta de conhecimento histórico — é também uma forma perigosa de justificar violência com roupagem espiritual.
📜 Israel na Bíblia: de pessoa a promessa
Na Bíblia, “Israel” começa com uma pessoa: Jacó, que luta com Deus e tem seu nome mudado (📖 cf. Gênesis 32,28). Depois, se torna um povo: os descendentes dos doze filhos de Jacó, que comumente conhecemos como as Doze tribus de Israel.
Esse povo sofre a escravidão no Egito, é libertado por Moisés, caminha no deserto e finalmente se estabelece numa terra — mas tudo isso com uma condição: ser fiel à aliança com Deus.
Deus não queria construir um império. Ele queria formar um povo de fé.
“Porque tu és povo consagrado ao Senhor teu Deus. O Senhor te escolheu para seres o Seu povo, dentre todos os povos da terra.” 📖 Deuteronômio 7,6
Mas ao longo da história, esse povo repetidas vezes confundiu a promessa com o poder, e caiu na tentação de querer ser como os outros reinos.
“Eles me rejeitaram como Rei” — disse Deus a Samuel, quando o povo exigiu um rei como as outras nações” 📖 cf. 1 Samuel 8,7
✝️ Jesus redefiniu o pertencimento
Quando Jesus veio, Ele não reafirmou um nacionalismo religioso. Pelo contrário. Ele foi o primeiro a redefinir Israel não como território ou linhagem sanguínea, mas como comunidade de fé:
“Todo aquele que faz a vontade do meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe.” 📖 Mateus 12,50
Jesus rompe com a ideia de que pertencimento a Deus depende de sangue ou geografia. Ele anuncia que o Reino de Deus não tem fronteiras e não se limita a uma etnia.
⚠️ Usar a Bíblia para justificar guerra é trair o Evangelho
O que vemos hoje é um uso ideológico e político da Bíblia. Versículos são citados fora de contexto para apoiar ações militares, bombardeios, mortes de civis — tudo isso em nome de uma fidelidade religiosa equivocada.
Mas a Palavra é clara:
“Felizes os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus.” 📖 Mateus 5,9
“Não matarás.” 📖 Êxodo 20,13
“A misericórdia quero, e não sacrifício.” 📖 Oséias 6,6; cf. Mateus 9,13
Se você acha que defender Jesus é o mesmo que defender um Estado com mísseis, algo está profundamente desconectado.
🌿 A espiritualidade da Trinux
A Trinux é pela paz. Pela escuta. Pelo discernimento.
Sabemos que as guerras são complexas, mas sabemos também que usar a Bíblia como argumento para aceitar a morte de inocentes é um erro grave.
A espiritualidade cristã é fundada no amor, na justiça, no cuidado com os fracos, na escuta dos feridos, não no aplauso ao poder bélico.
Jesus nunca levantou uma espada. Ele levantou os caídos.
💭 Para refletir:
Você está vestindo que bandeiras em nome da fé?
Sua espiritualidade está mais próxima da cruz… ou dos tronos que Jesus recusou?
Se essa palavra te incomodou, talvez ela esteja cumprindo seu papel. Porque não viemos à fé para estar confortáveis — mas para sermos transformados.
Com paz e verdade,
Equipe Trinux 🌿
Raros são os que expressam a razão fundamental do propósito desse grande Avatar, infelizmente.
Parabéns pelo conteúdo de valor & discernimento.